Para um governo ou qualquer órgão executivo estaria sempre contra as quotas. Embora se possa lamentar (e eu lamento-o) o baixo número de mulheres no actual governo, as quotas não seriam aceitáveis. O primeiro-ministro deve ser livre de formar o governo como entender.
Deve sempre procurar-se os melhores para qualquer função, e uma das principais funções do parlamento (ao contrário do governo) é ser representativo. "Ser melhor", no parlamento, também é ser mais representativo. Desta maneira as quotas no parlamento fazem todo o sentido.
Dito isto, se calhar faria mais sentido que os partidos de esquerda, em vez de imporem aos de direita as quotas, as cumprissem nas suas listas (sempre cumpriram) e utilizassem este cumprimento como argumento na campanha eleitoral (contra os partidos de direita que não cumprem as quotas).
Recorde-se no exemplo de Vasco Pulido Valente. Para fazer o que Vasco Pulido valente aqui descreve (e embora haja deputados muito competentes, estou em crer que é esta a actividade da maioria, principalmente dos dois maiores partidos), convenhamos: tanto faz ser-se homem ou mulher. O argumento do "mérito" aqui não conta para nada. Venham então as quotas. Mas há outras reformas muito importantes no sistema político.
2006/04/04
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