"A grande diferença hoje é que os jornalistas perderam o monopólio da informação", disse nos minutos iniciais da conferência "O papel da imprensa na democracia contemporânea".
A qualidade e a identidade ("código genético") dos jornais são a resposta. "Tem que valer a pena pagar uma informação de qualidade, verificada e com distância. Temos que aumentar o valor próprio", enfatizou. Só assim é possível combater a Internet e aquele que considerou "o perigo dos tempos modernos": o Google. O motor de busca (americano) "onde parece que tudo é substituível" e cria uma falsa ideia de informação e de diversidade.
Recorda-me uma grande divergência (que se tornou pública) com um ex-companheiro de blogue. O âmago dessa divergência era precisamente a credibilidade da informação obtida via google e o modo de a filtrar. Note-se que não quero fazer nenhum ataque ao google, que creio que mudou as nossas vidas como nenhum outro programa. É como a física nuclear ou a genética: não é nenhum "perigo", tem é de ser bem usado.
(Sobre o «pagar por uma informação de qualidade» não me custa mas não sei, mesmo do ponto de vista do jornal, qual será a melhor opção. Em vários países a circulação dos jornais pagos está a baixar. Ler mais no Ponto Media.)
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