No Conta Natura, continua a série Ciclope Cínico. O Vasco Barreto recorda-nos a história do astrolábio. Há muito folclore em Portugal (particularmente nas escolas) sobre a invenção do astrolábio e Pedro Nunes. Pedro Nunes não inventou o astrolábio: inventou o nónio. (Ingenuamente eu acredito sempre no que me ensinam na escola, pelo que há uns anos quando estudava nos EUA teimei que o astrolábio tinha sido inventado por um português. Como estava errado. Qualquer visita (por exemplo) ao Instituto do Mundo Árabe, em Paris, permite comprovar que os árabes usavam astrolábios muito antes de Pedro Nunes. O pior é que na minha ignorância teimosa eu apresentava a invenção do astrolábio como o único feito científico relevante por parte de um português.) Um texto a levar muito a sério, o do Vasco.
O Vasco que entretanto decidiu sair. Mas se até o Filipe Soares Franco é candidato à presidência do Sporting, por que não há o Vasco de reconsiderar e ficar? Se considerarmos o número de vezes que o Vasco já acabou com a Memória Inventada, estou certo de que ele estará (e espero bem que esteja) de volta ao Conta em menos de quinze dias. Talvez até no futuro o Vasco venha a ser presidente do Sporting.
Na mesma série, num registo diferente, para não levar a sério, mas igualmente muito bom, temos o átomo, pelo Santiago-que-não-é-Zavala.
2006/04/20
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1 comentário:
É curioso, mas a mim, na escola, nunca me foi dito que o astrolábio fosse invenção portuguesa, antes que era invenção árabe (como a vela triangular) e que graças ao contacto precoce com os árabes estávamos de posse dessa informação. Tinha contudo a ideia de que o quadrante tinha sido ou inventado ou melhorado (já não me lembro qual) pelos portugueses.
Fica bem.
(P.S. A palavra que me calhou no Word Verification, entxue, tem um som bonito)
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