2007/04/16
O Insurgente no buraco negro
Quando os soviéticos colocaram o primeiro satélite em órbita, o Sputnik, a reacção de um responsável do regime salazarista foi de incredulidade: tudo não passava de “propaganda comunista”. Colocar um satélite em órbita implicava vencer a gravidade (neste caso da Terra), e tal não era possível (pelo menos por parte dos soviéticos). O regime salazarista vivia assim num buraco negro (de cuja gravidade não se pode efectivamente escapar), sem nenhuma comunicação com o exterior, e queria puxar Portugal para lá. É natural que o mesmo se passe com o mais salazarista dos blogues, e com alguns dos seus elementos, salazaristas ou não. Refiro-me, é claro, ao Insurgente e a este texto de Bruno Alves onde, no meio de uma série de delírios, o autor garante que “a gravidade vence sempre", isto é, não se pode escapar à gravidade. A total falta de contacto com a realidade exterior que o texto evidencia só o confirma: o autor escreve, pelos vistos, do interior de um buraco negro.
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2 comentários:
Se não me engano ou se bem me lembro (ah! como custa ser velho), a história da reacção salazarista não se passa com o voo de Gagarin mas com a precedente colocação em órbita do primeiro satélite artificial - o Sputnik.
Também salvo erro, o protagonista da cena foi um tal Varela Cid , Prof. na Faculdade de Ciências de Lisboa.
Tem toda a razão, Vítor Dias. Lembrava-me do Varela Cid (consta que até se dizia "don't be Varela" a gozar), mas troquei o evento. Era o Sputnik, sim senhor. Muito obrigado.
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