Sem grande tempo para dedicar à blogosfera nos últimos dias, não queria deixar de comentar a saída de Pedro Arroja do Blasfémias, mesmo se com duas semanas de atraso.
Não sendo membro do blogue não me compete julgá-la, mas lamento deixar de contar com as opiniões de Pedro Arroja, mesmo se elas claramente destoavam no blogue. E lamento porque as referidas opiniões demonstravam claramente as incompatibilidades entre a tradição cultural católica (já nem sequer falo necessariamente do catolicismo), que é a portuguesa, e o liberalismo, da tradição anglo-saxónica. É claro que o “liberalismo” que Arroja apregoa (e que também se apregoa aqui – onde de resto Arroja nem ficava nada mal) é o completo liberalismo económico combinado com o conservadorismo na moral. Bem diferente, portanto, do liberalismo de um Carlos Abreu Amorim. Mas só pela irritação que Arroja causava aos seus colegas valia a pena lê-lo. Espero que volte.
Hei-de voltar a este assunto. Amanhã, espero, serão as eleições francesas.
2007/05/07
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Também espero que volte .Ao contrário do que muita gente leu, o PA é um provocador, sim, mas um provocador com grande coragem e muita ética.
Foi pena ele não ter podido escrever um pouco mais .Agora é que estava a chegar ao mais importante .Precisamente o mesmo que anunciou logo nos 3 primeiros postais de entrada.
O processo de purga maoista foi das coisas mais porcas que assisti nos últimos tempos.
Não tenciono voltar a por os pés no Blasfémias.
Há questões mais importantes que a mera diferença de ideias. Os arrivistas e oportunistas que tanto criticam a tradição estalinista e fazem pior dizendo-se liberais, não merecem respeito de ninguém.
Leia-se Helena Matos; CAA, JCD.
Acho que a maior parte das pessoas nem percebeu onde ele queria chegar .Ficaram histéricos com a treta do "conservadorismo"; "catolicismo"; "machismo"; "anti-semitismo" e mais não sei que tretas, quando o que ali estava era uma enorme crítica ao neoliberalismo e aos neocons.
Com muita humildade, muita verdade e muita descontracção.
Mas o ultimato da grande liberal maoista, recem convertida ao sionismo, não se fez esperar.
Confirmei as minhas intuições. Há gente que não presta
Já agora: O Arroja é tão católico como eu. Ou seja, é simpatizante da Igreja Católica; nem praticante é.
Quanto a ficar bem, acho que um homem livre só fica bem sozinho.
O grupo mata a liberdade.
Filipe,
Discordo completamente quando dizes que Pedro Arroja ficava bem no Insurgente. É que o Insurgente é uma verdadeira merda, enquanto Pedro Arroja, podendo-se discordar, tem muita categoria.
Hei-de voltar a este assunto, meus caros.
Concordo.
Enviar um comentário