Na verdade não tenho especificamente um IDS; tenho um “derangement syndrome” com a extrema direita em geral. Mas vamos então a isto.
Já “agradeceram” ao André Azevedo Alves a presença de Salazar na lista dos “grandes portugueses” para a RTP? Saibam que tal presença muito se deve às suas diligências de obreiro extremoso e extremista. Ficamos assim a saber que para o André Azevedo Alves a omissão de Salazar da referida lista é “gritante”. De vez em quando, depois de se queixar dos desvios “centristas” do actual líder conservador, o AAA recorda-nos que existem alternativas à direita no Reino Unido. Já a subida da extrema direita na Flandres foi evusivamente (três textos) anunciada no Insurgente, mas com cópias de notícias. Ficamos sem saber o que pensa o AAA deste resultado eleitoral. Esta, sim, é uma omissão gritante, penso eu.
2006/10/12
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7 comentários:
Caro Filipe:
Permita-me que lhe diga que o seu post também sofre de qualquer coisa, digamos .... "distracção" intelectual.
A votação da RTP é muito equívoca. Fala no maior português, depois fala na figura mais marcante e depois ainda no português que mais admira. Se nos reportarmos ao português mais marcante também acho que a ausência de Salazar é gritante e isso não faz de mim nada, nem anti-fascista, nem fascista. Também acharia gritante a falta de Cunhal, o que não faz de mim comunista e considero que estão lá pessoas bem mais irrelevantes do que Salgado Zenha e Almeida Santos e isso não faz de mim socialista.
Enfim,suponho que o Filipe seja admirador do camarada Vasco «(...) ou se está com a revolução ou se está com a reacção.»
A lista não é uma lista de bons portugueses. Se estão lá Álvaro Cunhal, Vasco Gonçalves e Otelo, três que tentaram levar Portugal para ditaduras, porque não há-de estar o que conseguiu manter uma outra ditadura?
Epa, se está lá o Otelo (assassino), o Almeida Santos (sanguessuga que viveu toda a vida à custa do orçamento de Estado), Cunhal (ex-futuro-ditador), enfim, o Salazar fica bem ao pé deles!Enfim, era mas é retirar estes tipos todos da lista!
Nesse aspecto concordo. Faz-me lembrar o esforço que existiu por parte de muitas revistas para não colocar Hitler como personagem do século. Ainda assim houve quem o reconhecesse: ele foi a personagem central do século XX. Assim como Salazar o foi para o Portugal do século XX. Apesar de tudo não vejo como ele possa ser candidato se incluirmos toda a história do país.
Mas claro que o afã de alguns para o incluir pode significar alguma coisa. Por outro lado, incluir algumas outras figuras e não o incluir a ele é um caso de clara censura, como disse e muito bem o Pacheco Pereira.
Meus caros, o objecto do texto não é a presença ou não do Salazar na lista, algo que merece discussão (até porque, como bem observa o NGC, a votação é ambígua). O objecto é a presença, cada vez com maior frequência, de textos de cariz de extrema direita no Insurgente, da autoria (na sua maioria) do André Azevedo Alves. Dei alguns exemplos. Toda a gente parece achar natural. Eu não considero a generalidade dos autores do Insurgente de extrema direita, pelo que não acho tal natural. E estranho o seu silêncio.
Já agora, ó João Caetano Dias, quando puderes daria para pores o teu artigo no Dia D no Blasfémias? Obrigado.
"Eu não considero a generalidade dos autores do Insurgente de extrema direita, pelo que não acho tal natural. E estranho o seu silêncio."
Creio que só a actuação da CIA poderá explicar estes estranhos silêncios que pactuam com o fássismo. Uma matéria que deveria ser investigada convenientemente por um jornalista de causas devidamente credenciado.
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