Na semana passada lá voltou a sair um Expresso cuja manchete era “fabricada”. Tratava-se de um “rumor”, de que Paulo Portas e Marcelo Rebelo de Sousa tinham um acordo sobre o aborto. Nenhum tipo de fundamentação. Só um “rumor”. Nada mais.
O “rumor” foi prontamente desmentido pelos envolvidos. Só que, no domingo, lá vinham o Público e o Diário de Notícias desmentir... o rumor do Expresso!
A “escola” do Arquitecto Saraiva (e a bem dizer, do Professor Marcelo) é esta: arranjar “rumores” que não podem ser provados, criar “casos”, tentar sempre influenciar a agenda política, sempre por dentro do “sistema”. (Ao menos o velho Independente não se limitava a publicar rumores: fazia acusações concretas. Podia só acabar em tribunal, mas as suas manchetes referiam-se a factos eventualmente comprováveis, por muito falsos que por vezes fossem. E não era um jornal do “sistema”.) O Arquitecto Saraiva gostava de se gabar e dizer que o Expresso que ele dirigia era “o mais influente jornal português”.
Agora o Arquitecto Saraiva já não dirige o Expresso, mas a sua “escola” mantém-se. E por muito que me custe admiti-lo (por não gostar nada do jornal), a “influência” também. O que dizer de um jornal que publica notícias falsas na primeira página, para no dia seguinte serem desmentidas... pelos outros jornais? Para mim, de facto, isto é "ser influente".
2006/10/10
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