2007/12/17
"Este tratado ameaça os interesses americanos"!!!
E lá fui ao debate na sexta feira. E confesso que saí de lá, se não apoiante do "não", pelo menos mais apreensivo relativamente ao Tratado de Lisboa (pior que a anterior "Constituição", cheio de cedências ao Reino Unido). Tal não é surpreendente se considerarmos que ouvi dois memebros daquele que considero ser, presentemente, o melhor blogue de esquerda português. (Disse-o lá, quando intervim. Deveria ser a única pessoa na sala pelo "sim"!) Rui, ajudas-me a recuperar o meu eurooptimismo? Ou terei de recorrer para isso ao (apesar de tudo sempre indispensável) André Azevedo Alves?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Já falei/debati com o Ricardo sobre o Tratado por ocasião de um encontro sobre a Europa. Tem uma argumentação interessante sobre a economia do espaço europeu, mas em relação ao Tratado em si não me conseguiu demonstrar em que é este que é pior do que Nice. A argumentação que utiliza é algo que remonta a Tratados anteriores e no meu modesto entender, que não sou economista, visa mais aspectos negativos ligados às contingências da globalização do que propriamente à UE em si. Julgo que sem UE os problemas que ele aponta seriam bem piores.
O Daniel tem um discurso mais ou menos dentro da linha do BE, que eu conheço perfeitamente e não tenho qualquer problema em identificar uma série de equívocos.
O pouco que li sobre o discurso do António Figueira sobre a UE, parece -me o menos consistente, faz lembrar as crónicas catastrofistas do Vasco Pulido Valente.
Não é em relação à economia, é mesmo no que diz respeito à política externa. Só aí é necessário unanimidade, ou seja, se não houver acordo (como no caso da invasão do Iraque), na prática fica tudo na mesma. É uma desilusão. Tudo por culpa dos interesses do Reino Unido (e provavelmente também da França...). O que mais me entusiasmava (e mais arreliava os "neo-cons", de direita ou blairistas) era a política externa comum, que permanece uma ilusão.
O João Rodrigues também interveio e explicou muito bem por que razão os países de Leste são aparentemente mais "eurocépticos" (algo que o Freitas do Amaral ou a Ana Gomes não souberam fazer, há uns meses, na Associação 25 de Abril).
Concordo contigo relativamente ao António Figueira, mas não estava à espera de ser convencido por ele. Gosto de o ler, mas nestas questões não estou de acordo com ele. Os "Ladrões" é que marcaram pontos. Como de resto eu esperava. Não "mudei de campo", mas se houver referendo (como eu espero) vamos ter muito trabalho...
E qual e' a alternativa que eles propoem? (estamos todos fartos de saber que conseguir um acordo ja' e' um feito...)
Terá que lhes perguntar a "eles", Miguel.
Enviar um comentário