Não tenho problemas em admitir que há países objectivamente mais desenvolvidos do que outros e onde se vive melhor, mesmo se isso já me custou chamarem-me elitista ou colonialista. Essa minha apreciação tem a ver com factos concretos e não implica um julgamento sobre os respectivos povos, que acredito que possam sempre desenvolver-se. Sei que o caminho para o desenvolvimento não é único, mas há aspectos que considero indiscutíveis.
Os aspectos em que os EUA são mais desenvolvidos prendem-se com o empreendedorismo do povo americano, que se traduz numa sociedade baseada na tecnologia e no progresso. Os aspectos em que a Europa é mais desenvolvida são (considero) civilizacionais. Um deles, de que muito me orgulho, é a rejeição do ensino do criacionismo por parte do Conselho da Europa, apesar do voto contra a resolução por parte de representantes de partidos de direita, entre os quais João Bosco Mota Amaral. O outro é a reduzida aplicação da pena de morte. Prefiro viver num país que tem um modelo social, onde o porte de armas não é livre, mas também onde não se ensina o criacionismo na escola e onde a pena de morte foi banida. Gorada que foi a instauração do dia europeu contra a pena de morte para hoje, graças ao veto da Polónia, faço votos para que em breve esta seja uma realidade em toda a Europa e,espero eu, um dia em todo o mundo.
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1 comentário:
note-se que o veto polaco foi motivado pela pretensão que o dia europeu contra a pena de morte também lutasse contra o aborto e a eutanásia. A pena de morte foi, penso, abolida em todos ou quase, mas mesmo quase, todos os países europeus. bom, tirando p'raí a Rússia.
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