2009/10/12

Espinho

Foi finalmente concretizado um projecto muito antigo: o túnel da linha do comboio, que passou a ser subterrânea e deixou de dividir esta cidade em duas. Só que os responsáveis só se preocuparam com o soterramento da linha, e não com o planeamento do que fazer à supefície. Onde antes estavam as linhas de comboio (e uma estação bem bonita), agora está um descampado com vedações, que continua a dividir a cidade, é mais feio, e ninguém sabe bem o que vai lá ser feito. Creio que terá sido esta desorientação que custou ao PS este antigo bastião no conservador distrito de Aveiro.

2 comentários:

Unknown disse...

Estou a ver que o 31 da armada se tem que pôr a pau contigo ...

Pedro Fragoso disse...

Filipe,

eu que todas as semanas embarco e desembarco na estação de Espinho indo ou vindo de Lisboa, sei bem do que o texto trata: é super desagradável apanhar ali um comboio. Ao fim de mais de cinco anos de obras, a solução é pior ainda que a fase das obras. Sempre pensei que, seis meses antes das eleições autárquicas, ali começariam algum tipo de obras. Mas nada disso. A paisagem continuou a mesma. O que me leva a acreditar que, para além de inércia política, há ali algum problema burocrático ou legal. Espinho, que reclamava que a cidade não podia estar dividida a meio, continua dividida e ainda mais feia.

E, já agora, quanto ao resultado das eleições: por muito que possa ter sido penalizado por não ter resolvido o problema da estação, há um facto que não se pode esquecer. Uma abstenção de 65%, o dobro de 2005, influenciou muito a votação. José Mota perdeu apenas por 174 votos. No dia a seguir à eleição, em Espinho ouvi muita gente incrédula e arrpendida por não ter ido votar.