Funciona mais ou menos assim: há dois envelopes. Colocas o teu voto num, mais pequeno, que é lacrado. Coloca-lo dentro de um outro, e adicionas um documento assinado que te identifica. Fechas o segundo envelope. (Percebeste, Maria João?) Um processo seguro, e o segundo envelope garante confidencialidade. Creio que são os segundos envelopes que são depositados nas urnas, tornando-se indistinguíveis, antes de serem abertos.
Foi assim que eu votei nas últimas presidenciais. Ainda assim, tive de me deslocar ao consulado, pois encontro-me recenseado em Portugal apesar de na altura viver no estrangeiro. Foi o consulado que enviou o meu voto para a minha secção de voto em Portugal. Não percebo por que não o poderia fazer eu mesmo, em casa. Tal como não percebo por que só me deixavam votar assim (estando eu no estrangeiro) nas presidenciais e não nas legislativas ou autárquicas ou europeias. Tal como não percebo por que não é permitido a qualquer pessoa fazer isto para qualquer eleição, desde que comunique a sua ausência no dia das eleições a tempo à mesa. É assim que funciona noutros países, onde o voto por correspondência é corriqueiro. Facilita a vida às pessoas e diminui a abstenção.
Esteve portanto muito bem Cavaco Silva no seu veto. Só lamento que este processo do voto por correspondência não se alargue.
Ironicamente, a única vez que votei por correspondência foi para votar contra quem agora assegurou a continuidade deste tipo de voto...
2009/02/04
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4 comentários:
Thanks, é bem diferente do voto por correspondência francês.
Tb concordo. Seria um Ultraje aos PT'S-emigrados ...
Por uma vez também eu aplaudo Cavaco Silva...
Na minha opinião, o ideal seria que todas as eleições permitissem tanto o voto antecipado como o voto por correspondência.
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