O comboio em que seguia ficou parado na Linha do Norte, em Gaia. Aparentemente mais uma pessoa se atirou à linha. Mais um suicida que não sabe tomar comprimidos, ou que decidiu desforrar-se do mundo atrapalhando a vida a uma série de cidadãos inocentes, atirando-se à linha quando tinha bem perto todo o rio Douro à sua disposição.
Mas será que até no suicídio não temos consideração pelos outros? Um alemão ou um holandês de certeza que não se suicidariam assim - teriam mais consideração pelo próximo. Em lugar de atrasarem a vida dos seus concidadãos, certamente escolheriam um processo que envolvesse menos danos. Sempre seria melhor que andar a atrasar a vida a uma série de cidadãos inocentes, atirando-se às linhas de comboio ou de metro.
Pensando só agora no comboio, poder-se-iam instalar vigias de forma a que as pessoas não se aproximassem das linhas.
Adenda: parece que afinal foi só um homem que decidiu atravessar a linha do comboio de qualquer maneira. Passámos por ele, após estarmos parados quase uma hora e eu ter perdido dois comboios. Estava a ser reanimado. Ainda bem. Espero que, quando finalmente o reanimarem, lhe dêem uma carga de porrada.
2010/11/02
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2 comentários:
Uiiii... o que disseste Filipe. Já não sei quantas vezes fiquei preso numa estação por um par de horas por alguém se ter atirado para a linha. Nos 22 meses que trabalhei em Eindhoven e vivi em Maastricht, creio que isso me sucedeu uma dezena de vezes. Uma delas na própria plataforma onde eu iria apanhar o meu comboio, o que quer dizer que o suicida se atirou para a frente do comboio que eu ia apanhar. E tudo nas horas de ponta, quando mais gente é prejudicada...
robert enke?
na alemanha é o pão nosso de cada dia a diferença é que a malta pensa foda-se pá perdi 20 minutos mas depois em contrapartida recolhe sob dissertações exitenciais: houve um gajo que perdeu a vida, para mim amanhã continua.
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