Depois de ter denunciado em 1999 as infecções como complô da CIA e da Mossad, Kadhafi começou nos últimos anos a dar sinais de certo bom senso. Mas, mais importante ainda, a diplomacia búlgara deixou de estar sozinha. (...) Tony Blair, ainda primeiro-ministro britânico, foi a Tripoli negociar. Durão Barroso telefonou a Kadhafi. Benita Ferrero-Waldner, a comissária das Relações Externas, tornou-se visitante assídua da Líbia. E Nicolas Sarkozy, ao tomar posse como Presidente da França, impôs como prioridade libertar as enfermeiras e o médico palestiniano (a quem a Bulgária ofereceu cidadania para beneficiar do acordo de extradição). Acabou por ser a primeira dama a ir num avião francês buscar os reclusos a Tripoli.
Agraciadas pelo Presidente búlgaro ainda no aeroporto de Sófia, as enfermeiras reafirmaram a inocência. Emocionado, o médico Achraf Hajuj agradeceu "à grande Bulgária" o fim de oito anos de cativeiro. Falou em búlgaro, mas bem podia ter agradecido em francês. Afinal, é a língua de Luc Montaigner, o perito em sida que denunciou as infecções em Benghazi como prévias à chegada das búlgaras. É também a língua de Nicolas e Cécilia, os amigos que Kadhafi gosta de acolher na sua tenda nos jardins do palácio Bab Azizia. E, sobretudo, é a língua que mais se ouve em Bruxelas, capital dessa UE que mostrou que mais vale falar a 27 que sozinho. Como escreveu o jornal Dnevik, de Sófia, "estar na UE representa muito mais que viajar livremente na Europa".
2007/07/31
Sobre a União Europeia
Um texto que vale a pena ler, por Leonídio Paulo Ferreira.
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1 comentário:
Boa tarde,Filipe Moura
Vejo que ainda não tem o meu blogue no seu bloguerolo.Contudo aprecio muito o seu trabalho.Transferi o seu blogue para o meu Dossier Planificando a Paz.Penso que também será do seu agrado?
Espero uma visita sua ao Bioterra.
Abraços
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