2011/01/31

Obrigado por tudo, levezinho!

O melhor marcador do Sporting nas competições europeias e um avançado verdadeiramente inesquecível. Só é pena que saia sem o título que ele (mais do que outros jogadores, treinadores e dirigentes) merecia. Nunca te esqueceremos!

2011/01/27

O orgulho ferido de ser do Sporting

Texto escrito para o Delito de Opinião, por simpático convite do Pedro Correia

O Sporting atravessa uma crise pior, mais profunda, que a das décadas de 80/90. Nessa altura nunca perdi a esperança no clube e nunca temi uma “belenensização”. Acredito que o Sporting é grande o suficiente para ultrapassar esta crise; porém, nunca temi tanto pelo futuro do clube como hoje.
Por que temo? Qual é a razão que leva alguém a ser sportinguista? Não há uma resposta simples, mas basta um pouco de sociologia de almanaque (corroborada por inquéritos e estatísticas) para caracterizar os sportinguistas. No meu caso, basta dizer que, tendo estudado em Lisboa, no ensino primário e básico os benfiquistas estavam em larga maioria na turma, no secundário eram ela por ela com os sportinguistas e no ensino superior os sportinguistas eram uma larga maioria: no meu curso os benfiquistas contavam-se pelos dedos de um pé. Os sportinguistas vencem na vida; por que razão não vence o clube?
Justamente por os sportinguistas estarem muito mais preocupados com as suas vidas do que com o seu clube, ao contrário dos benfiquistas, para quem o clube é tudo. É a chamada “falta de militância”, tão bem diagnosticada pelo anterior presidente.
É este desapego pelo clube que distingue e diria mesmo que dá graça aos sportinguistas. Agora, pode um clube não ser popular e mesmo assim ser grande? A história do Sporting diz que sim. Mas para tal tem que ter bons dirigentes e ser bem dirigido. São duas coisas diferentes.
Por “bem dirigido” entende-se um clube financeiramente viável, que saiba criar talentos e fazer bons negócios, sem vender ou comprar de qualquer maneira. Que tenha objetivos desportivos ambiciosos e realistas. Não é o que se tem visto no Sporting, pelo menos no mandato da direção cessante, com dinheiro gasto ao desbarato na contratação de jogadores, treinadores e sobretudo dirigentes sem qualidade, que contratam os seus amigos à beira da reforma.
Por “bons dirigentes” entende-se dirigentes que entendam a cultura e as peculiaridades do Sporting. Por muito que o Sporting não ganhe tantos títulos como os outros, a postura de vencedores na vida que até ganham de vez em quando é o que mais irrita os nossos adversários (particularmente os benfiquistas). Desde que ganhem – os benfiquistas detestam que o Sporting ganhe; os sportinguistas adoram que o Benfica perca. O que mais irrita os benfiquistas é que no fundo eles admiram os sportinguistas e adorariam ser como eles.
Os dirigentes do Sporting têm que perceber esta realidade e estar à altura dela. Não é o que se tem visto, com declarações inenarráveis – muito piores do que meras gafes – do presidente agora demissionário. Deste que esta direção ainda em funções tomou posse, deu exemplos de péssima gestão – afinal as credenciais do presidente eram as de ter gerido um grande banco, e a presente crise nacional e internacional demonstra que gerir um banco não é sinónimo de ser bom gestor. Mas criou situações inacreditáveis – a lista é infelizmente muito longa: um presidente que manda calar e tenta agredir adeptos que o contestam; um vice-presidente que julga que os adeptos que contestam não deveriam ter lugar no clube; um relações-públicas antigo chefe de claque que instiga a desacatos; um chefe do departamento de futebol autoritário que entra em conflito com os melhores jogadores; a proibição do uso de calças de ganga; mas sobretudo o presidente que acha que ser casado com alguém benfiquista é “uma infelicidade” e que os pais é que escolhem o clube dos filhos.
Todos estes episódios – particularmente aqueles que envolveram o presidente – causaram-me um sentimento que nunca antes sentira: vergonha do meu clube. Voltando ao princípio: nunca – nem durante o longo jejum de títulos de 18 anos – eu temera o fim do Sporting enquanto clube grande, a “belenensização”: se havia algo que caracterizava os sportinguistas, apesar da falta de militância (e da falta de vitórias) era esse orgulho de ser de um clube único. Nos tempos mais recentes, e devido a esta desastrosa direção, ser do Sporting não tem sido motivo de orgulho. O meu desejo para 2011 é que ser do Sporting volte a ser motivo de orgulho o mais depressa possível.

2011/01/21

Cavaco é sobretudo isto

Mais uma demonstração cabal de falta de cultura democrática, igual a tantas a que nos habituou nos últimos 25 anos: a (eventual) subida das taxas de juro é mais importante que a vontade soberana do povo. Manuela Ferreira Leite, seu delfim político e pessoa com quem mantém estreitas relações, falava em "suspender a democracia por seis meses". A democracia e a república para esta gente são secundárias. Só por isto, digo: domingo vamos todos votar! Para que haja uma segunda volta.

2011/01/16

A eleição presidencial mais importante está ganha

Livrámo-nos do anormal do cotonete. José Eduardo Bettencourt não demonstrou competência nenhuma. Eu não tenho pena dele, porque andou a ganhar dinheiro e não foi pouco, mas duvido que instituição alguma o queira agora. Deixa uma impressão tão má, mas tão má, da sua pessoa, que quem o for buscar agora, seja quem for, sai desprestigiado. Se ele voltar para o banco onde tenho as minhas poupanças, pode ser que retire de lá o dinheiro.

2011/01/14

Um português orgulhoso

Repito o que aqui escrevi há uns meses, quando voltou a sagrar-se campeão europeu: nunca antes houve na história do futebol um treinador como ele. Parabéns, José Mourinho!